Produto cicatrizante, criado a partir de projeto de pesquisa, está em fase de registro de patente em Portugal. A iniciativa… [ … ]
18 de julho de 2024
Produto cicatrizante, criado a partir de projeto de pesquisa, está em fase de registro de patente em Portugal. A iniciativa partiu do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (Ifma), campus Imperatriz, em parceria com o Instituto Politécnico de Coimbra (IPC/ESTeSC). O estudo, conduzido pela professora do Ifma Ana Angélica Macêdo, contou com apoio de edital da Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (Fapema) e é o primeiro a originar solicitação de registro de patente em outro país.
O presidente da Fapema, Nordman Wall, reconhece a conquista, que teve a contribuição da instituição, e a visibilidade que representa para a ciência e a pesquisa no estado. “Para nós, é sempre uma grande satisfação quando um pesquisador maranhense vai além das fronteiras do nosso estado, e neste caso, do país. Nossos parabéns à professora Ana Angélica, que tem uma série de estudos de forte impacto na população. Esperamos que ela possa levar esse conhecimento mais adiante e a Fapema será sempre parceira desta, e outras iniciativas”, pontuou.
Nomeado de Hidrocolóide cicatrizante e antimicrobiano, o produto combina propriedades cicatrizantes e antimicrobianas, utilizando sementes de Adenanthera pavonina L., popularmente conhecida como “olho de dragão”, “carolina”, dentre outros. A planta já tem aplicações medicinais.
O medicamento une função cicatrizante e antimicrobiana. Além disso, apresenta baixo custo, por ser à base de sementes. O pedido de registro patente está no Instituto Nacional de Propriedade Industrial de Portugal.
Os estudos sobre o produto tiveram início há oito anos, após ser selecionado no edital de Cooperação Internacional, da Fapema. “A Fapema foi essencial e realmente necessária para darmos o pontapé inicial ao trabalho e por isso só tenho a agradecer”. A pesquisa teve a parceria internacional do professor do IPC/ESTeSC, Fernando Mendes. “Importante contribuição para os resultados alcançados”, frisou.
Em relação aos próximos passos, a equipe aguarda a publicação da patente para a continuidade de outros testes. “Este produto tem potencial de grande impacto tanto para o mercado como para sociedade. Por ser material biodegradável e de baixo custo, esperamos impactar positivamente, principalmente para que as pessoas com baixa renda possam ter acesso”, vislumbra a pesquisadora.
Além da pesquisa realizada pelo seu grupo ter resultado na primeira carta patente do Ifma, concedida em dezembro de 2022, outros 19 pedidos de patente da pesquisadora estão em andamento.
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