O Ministério Público do Maranhão (MPMA) emitiu uma Recomendação neste sábado (9) ao prefeito de Apicum-Açu, José de Ribamar Ribeiro,… [ … ]
12 de novembro de 2024
O Ministério Público do Maranhão (MPMA) emitiu uma Recomendação neste sábado (9) ao prefeito de Apicum-Açu, José de Ribamar Ribeiro, mais conhecido como Zequinha Ribeiro, e à presidente da Câmara de Vereadores, Josinalva Monteiro, solicitando a suspensão do projeto de lei que propõe aumento nos subsídios do prefeito, vice-prefeito e secretários municipais.
A medida, assinada pelo promotor de justiça Igor Adriano Trinta Marques, tem o objetivo de garantir que os reajustes respeitem limites orçamentários e a legislação vigente, preservando o equilíbrio financeiro do município.
Apresentado no dia 25 de outubro, o projeto de lei sugere que, a partir de janeiro de 2025 até o final de 2028, o prefeito receba uma remuneração mensal de R$ 25 mil, enquanto o vice-prefeito passaria a ganhar R$ 17,5 mil mensais, correspondendo a 70% do valor destinado ao chefe do Executivo. No entanto, os subsídios atuais são bem inferiores: R$ 17 mil para o prefeito, R$ 8,5 mil para o vice e R$ 3,5 mil para os secretários.
O projeto foi aprovado em uma sessão sem transmissão pública e está à espera da sanção do prefeito. Segundo o MPMA, a ausência de transparência na votação e a magnitude dos aumentos sugerem um impacto direto nos cofres públicos, exigindo maior controle e observância dos limites constitucionais.
A Recomendação emitida pelo promotor Marques reforça que reajustes dessa natureza devem ser aprovados com antecedência, pela legislatura anterior, para garantir transparência e controle social sobre as finanças municipais. Além disso, o MPMA orienta que o teto para remunerações de agentes políticos deve respeitar 5% da receita municipal e 70% dos recursos para folha de pagamento.
A Câmara Municipal, além de seguir esses limites, é aconselhada a publicar amplamente as informações sobre subsídios, contribuindo para a confiança pública na gestão dos recursos.
O prefeito e a presidente da Câmara têm o prazo de cinco dias para responder formalmente à Recomendação e detalhar as medidas que serão adotadas. Caso não acatem as orientações, a Promotoria de Justiça de Bacuri recorrerá a medidas judiciais.
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